História
da Padroeira Nossa Senhora do
Rosário
Histórico do Rosário
A recitação dos Salmos, desde do
século IX, continua sendo a oração oficial da Igreja, conhecido como Liturgia
das Horas. Os 150 Salmos recitados pelos monges eram assistidos pelos fieis.
Contudo, desejavam participarem desta bela prática de oração. Isto, porém, para
a época era muito difícil, pois a maioria do povo não tinham acesso ao estudo,
poucos sabiam ler e, para decorá-los era impossível.
Foi, então, que um monge teve a iniciativa de recitar 150 Pai -Nossos em
substituição aos Salmos. Para contar os Pai - Nossos, os fieis utilizavam uma
bolsa de couro com 150 pedrinhas. Mais tarde, passaram a usar um cordão com 150
nós.
Paralelamente à recitação dos Pai -Nossos, foram introduzindo a expressão bíblica da Saudação Angélica e a Exclamação de Isabel, como recitamos hoje na Ave-Maria.
No século XIII, alguns teólogos perceberam que alguns Salmos continha certas profecias sobre os mistérios da redenção. Assim, compuseram uma série de louvores e preces a Jesus e deram o título de “Saltérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Por volta do ano 1365, o monge Cartuxo Henrique de Halkar separou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando entre cada dezena um Pai-Nosso.
Mas foi, especificamente, por meio de um frade Dominicano – Alan de Rupe -, em 1470, que teve origem o Rosário com um pensamento recitado junto a cada Ave-Maria.
No século XV, com o Renascimento, houve grandes mudanças no pensamento, nas artes, na vida cristã e na liturgia da Igreja. Era um novo florescimento e, um novo desafio para a Igreja.
O Rosário, também, passa por reformulações. Passa a citar um só pensamento entre cada dezena, relembrando os principais mistérios da redenção. Formando-se assim os 15 mistérios do Rosário. Hoje, de16 outubro de 2003, o Papa, João Paulo II, acrescenta um novo bloco para completar as contemplações do mistério Cristo.
Paralelamente à recitação dos Pai -Nossos, foram introduzindo a expressão bíblica da Saudação Angélica e a Exclamação de Isabel, como recitamos hoje na Ave-Maria.
No século XIII, alguns teólogos perceberam que alguns Salmos continha certas profecias sobre os mistérios da redenção. Assim, compuseram uma série de louvores e preces a Jesus e deram o título de “Saltérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
Por volta do ano 1365, o monge Cartuxo Henrique de Halkar separou as 150 saudações angélicas em dezenas, intercalando entre cada dezena um Pai-Nosso.
Mas foi, especificamente, por meio de um frade Dominicano – Alan de Rupe -, em 1470, que teve origem o Rosário com um pensamento recitado junto a cada Ave-Maria.
No século XV, com o Renascimento, houve grandes mudanças no pensamento, nas artes, na vida cristã e na liturgia da Igreja. Era um novo florescimento e, um novo desafio para a Igreja.
O Rosário, também, passa por reformulações. Passa a citar um só pensamento entre cada dezena, relembrando os principais mistérios da redenção. Formando-se assim os 15 mistérios do Rosário. Hoje, de16 outubro de 2003, o Papa, João Paulo II, acrescenta um novo bloco para completar as contemplações do mistério Cristo.
Nossa Senhora das Vitórias do Rosário
Há uma relação entre a devoção a Nossa
Senhora do
Rosário e as grandes
vitórias em batalhas proeminentes da
história do Ocidente. Foi assim logo no princípio do surgimento da oração do
Rosário, quando o Conde Simão de Montfort enfrentava os albigenses com o
Rosário na mão, e obtinha vitórias desproporcionais enfrentando e vencendo, com
mil, a 100 mil homens. Evidentemente que precisamos levar em conta a
mentalidade da época, que considerava a crueldade da guerra um dado cultural,
para compreender o significado que estas vitórias têm para nós hoje. Entre as
diversas batalhas vencidas, atribuídas à oração do Rosário e à intervenção de Nossa Senhora, destaca-se
a Batalha de Lepanto. No século XVI, o Império Turco, islâmico, crescia
espantosamente e tudo empreendia para dominar e destruir os países cristãos da
Europa. Diante do perigo iminente, o Papa Pio V convoca uma aliança de
contingentes entre as nações européias para enfrentar o inimigo. Contudo havia
uma grande desproporcionalidade de forças. Mas Pio V, santo, confiava mais na
providência de Deus e na proteção de Maria do que na força das armas. Entregou
ao generalíssimo João da Áustria o comando da esquadra e
deu-lhe um estandarte de
Nossa Senhora do
Rosário, que foi hasteado no dia
07 de outubro de 1571, sobre as
pequenas esquadras cristãs, que corajosamente avançavam sobre as águas do golfo
de Lepanto em direção a numerosíssima frota de Ali-Pachá. Ao final da breve
batalha, os inimigos, já derrotados e aprisionados, confessaram que uma
brilhante e majestosa
Senhora aparecera
no céu e incutira-lhes tanto medo, que entraram em pânico e começaram a fugir.
Enquanto isso, o povo rezava assiduamente o Rosário suplicando pela vitória da
armada católica. São Pio V, grande devoto do Rosário, teve uma visão
sobrenatural da vitória que só fora confirmada duas semanas depois, com a
chegada da boa notícia. Com a Vitória de Lepanto, ficou consagrada,
definitivamente, a oração do Rosário na preferência do povo cristão. Para
imortalizar este triunfo,
Pio V instituiu o dia 7 de outubro
para comemorar a festa de Nossa Senhora
das Vitórias, cujo nome foi mudado para Nossa Senhora do Rosário pelo seu
sucessor, o Papa Gregório XVIII, que reconheceu no Rosário a arma da vitória.
Depois de outras vitórias atribuídas à oração do Rosário e ocorridas em
outubro, como a de Viena (1683) e de Paterwaradino (1716), o Papa Clemente XI
instituiu a festa do Rosário no primeiro domingo de outubro. Hoje ela é
celebrada novamente no dia 7.
O Rosário no Brasil
No Brasil a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários da colônia e logo se espalhou, principalmente entre os pretos escravos que nele encontravam as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o Rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um “tirador de reza” e ouviam-se, então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O Terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida do Divino Filho de Maria. Uma pergunta se faz: por que os pretos africanos, sofrendo a escravidão, escolheram a Virgem do Rosário como patrona? Alguns historiadores afirmam que os escravos de procedência Banto, principalmente os de Angola e Congo, assim agiram porque a Senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos primeiros missionários que acompanharam a colônia portuguesa. Hoje, no Brasil, existem mais de 100 paróquias dedicadas a ela, e quase todas são muito queridas da população negra.
O Rosário Hoje
O Rosário surge num contexto de carência religiosa e da disseminação de um espiritualismo dualista pagão que confundia a mente do povo. Hoje, parece que a história se repete. O povo busca satisfazer suas carências religiosas e adere facilmente a quaisquer espiritualidades que são oferecidas, de fundo pagão ou que ensinam um evangelho diferente, que lhe são oferecidas como se fossem a salvação ao modo de produtos de consumo. Não será o Rosário de Maria, novamente, um instrumento eficaz para lembrar e anunciar Jesus de Nazaré como a verdade, a vida e como o único caminho para Deus? Lembramos, ainda, que a oração do Rosário se firma quando à sua prática e à intervenção da Virgem são atribuídas inúmeras vitórias em batalhas dadas como perdidas. A festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário foi instituída para comemorar a vitória na batalha de Lepanto. Estas vitórias têm para nós, hoje, um conteúdo simbólico, isto é, com o terço na mão seremos invencíveis no enfrentamento das árduas lutas da vida na busca da verdade, da justiça e da paz. Também, não podemos esquecer que a devoção a Nossa Senhora do Rosário no Brasil é uma herança dos ancestrais negros, que tiveram uma história de discriminação e exclusão com consequências sentidas ainda hoje. Portanto, seja a prática da oração do Rosário para nós um instrumento de consolação e força dos pobres, de inclusão dos marginalizados e de resgate da efetiva fraternidade entre os homens.
No Brasil a devoção ao Santo Rosário foi trazida pelos missionários da colônia e logo se espalhou, principalmente entre os pretos escravos que nele encontravam as orações mais simples e populares: o Pai-Nosso e a Ave-Maria. Eles usavam o Rosário pendurado ao pescoço e depois dos trabalhos do dia reuniam-se em torno de um “tirador de reza” e ouviam-se, então, no interior das senzalas, o sussurrar das preces dos cativos. O Terço era toda a liturgia dos pobres, dos que não sabiam ler nem escrever, mas que elevavam sua alma na contemplação dos mistérios da vida do Divino Filho de Maria. Uma pergunta se faz: por que os pretos africanos, sofrendo a escravidão, escolheram a Virgem do Rosário como patrona? Alguns historiadores afirmam que os escravos de procedência Banto, principalmente os de Angola e Congo, assim agiram porque a Senhora do Rosário já era sua padroeira na África, cujo culto para lá fora levado pelos primeiros missionários que acompanharam a colônia portuguesa. Hoje, no Brasil, existem mais de 100 paróquias dedicadas a ela, e quase todas são muito queridas da população negra.
O Rosário Hoje
O Rosário surge num contexto de carência religiosa e da disseminação de um espiritualismo dualista pagão que confundia a mente do povo. Hoje, parece que a história se repete. O povo busca satisfazer suas carências religiosas e adere facilmente a quaisquer espiritualidades que são oferecidas, de fundo pagão ou que ensinam um evangelho diferente, que lhe são oferecidas como se fossem a salvação ao modo de produtos de consumo. Não será o Rosário de Maria, novamente, um instrumento eficaz para lembrar e anunciar Jesus de Nazaré como a verdade, a vida e como o único caminho para Deus? Lembramos, ainda, que a oração do Rosário se firma quando à sua prática e à intervenção da Virgem são atribuídas inúmeras vitórias em batalhas dadas como perdidas. A festa litúrgica de Nossa Senhora do Rosário foi instituída para comemorar a vitória na batalha de Lepanto. Estas vitórias têm para nós, hoje, um conteúdo simbólico, isto é, com o terço na mão seremos invencíveis no enfrentamento das árduas lutas da vida na busca da verdade, da justiça e da paz. Também, não podemos esquecer que a devoção a Nossa Senhora do Rosário no Brasil é uma herança dos ancestrais negros, que tiveram uma história de discriminação e exclusão com consequências sentidas ainda hoje. Portanto, seja a prática da oração do Rosário para nós um instrumento de consolação e força dos pobres, de inclusão dos marginalizados e de resgate da efetiva fraternidade entre os homens.
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